quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Pippi e Kalle

Stieg Larson não se cansa de brincar com os mais famosos personagens infantis escandinavos em sua série de romances policiais, dando a Mike "Kalle" Blomkvist uma personalidade de menino detetive (porque inocente e às vezes ingênuo, mas decidido) e superpoderes comparáveis aos de Pippi meia-Longa à fisicamente frágil Salander. Estou espaçando a leitura dos três romances não só para curtir por mais tempo uma série definitivamente encerrada com a morte prematura do autor, mas também porque são livros exigentes. Não me lembro de ter lido um livro tão lento e ao mesmo tempo tão difícil de largar. O tempo de Larson é muito próprio; neles as coisas demoram uma eternidade para acontecer e, quando acontecem, é tudo repentino, como o soltar da flecha na arqueria zen. É essa nítida ameaça de tempestade durante uma longa, interminável bonança, que torna o segundo livro tão angustiante e instigante. Isso e os personagens mais bem definidos da literatura policial! Agora quero ler mais uns três livros antes de iniciar o último da série, mas vou ficar pensando no que terá acontecido com a Sally!!

Um comentário:

  1. Hummm...eu também vou ficar pensando no que aconteceu, mas não me conte porque tenho 12 livros para ler antes de começar a saga do Blomkvist e da Salander...

    Beijos

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