O lugar era antes um bar, mas agora não serve mais bebidas, "para não ficar aquela homarada bebendo", exceto aos domingos, quando serve cerveja nas mesas. Se for lá, não se prenda às saladas, pois as folhas são bem lavadas mas têm somente azeite velho como tempero, a gente daqui não é dessas coisas. Vá direto aos 'quentes': abobrinha refogada, purê de mandioquinha, frango à milanesa e calabresa acebolada, acompanhados por um feijão 'caldoso' com tempero no ponto certo e arroz (quem se preocupa com arroz?). O suco de laranja, cujo espremedor foi instalado a pedido de minha mãe, faz um sucesso merecido, e as sobremesas são caseiras, como tudo o mais. OK, também tem refrigerante, que é um estabelecimento moderno!
Quando vim trazer a Mãe para casa, para a reunião da Amarribo, não eperava ficar para almoçar, mas, conversa vai, conversa vem, o ritmo da cidade vai tomando conta. A reunião, marcada para as 20h, foi começar depois das nove, ainda bem que o dia seguinte era sábado. As pessoas foram chegando aos poucos e tive tempo de ler os recortes de jornal ampliados em grandes quadros pelas paredes. Li sobre a história da ONG que desde 1999 luta contra a corrupção nas prefeituras brasileiras, em uma preparação para uma reunião agitada, em que pessoas aparentemente simples da cidade mostravam inteligência e combatividade. A Mãe diz que a reunião foi produtiva, mas todos lamentam a falta de quórum, pois muita gente deveria estar lá para entender como fazer valer seus direitos. Foi uma aula de cidadania, mas também um 'recordatório' de que somos parte de nossos bairros e de nossas cidades, e temos a obrigação de olhar em volta e fazer alguma coisa...
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