Quando criança, meu mundo era aberto,
questionava o que via e ouvia, opinava sobre o que não sabia.
Quando adolescente, pensava como velho,
inocente às contradições do mundo,
cego e surdo às minhas próprias pulsões desencontradas.
Jovem, contemplava sem ironia as indiscrições,
refestelava-me sem culpa em minha paz de espírito alienada.
Adulto, tomo por sabedoria a renúncia e por pragmatismo a covardia,
procrastinando rupturas que já não teria tempo para viver.
Falsa e falaciosa idade da razão, porque o nada não se contenta em só ser.
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